Nessa semana, a Pri contou por aqui como foi a nossa visita ao Mosteiro da Batalha – um dos monumentos portugueses que entrou para a nossa lista de favoritos imediatamente, por tamanha beleza e riqueza cultural.
* O hotel foi renovado e atualmente chama-se Hotel Lis Batalha e continua com ótima avaliação no Booking.
Assim, para acrescentar a essa experiência dentro da recente viagem que fizemos ao centro oeste de Portugal, destaco hoje o hotel que nos acolheu nessa etapa da viagem, o Mestre Afonso Domingues.
Para quem já andava deslumbrado com a vila só de deixar o carro ali perto, entrar no quarto do hotel, puxar as cortinas e ver o Mosteiro em um de seus melhores ângulos, junto com a estátua de Nuno Álvares Pereira, foi um verdadeiro privilégio.
Um presente.
E é com essa inspiração que começamos a nossa estadia por aqui.
Hotel na Batalha: como é o Mestre Afonso Domingues?
As primeiras impressões
A vila da Batalha é de fácil acesso.
Por ter o Mosteiro como seu “coração”, estar instalado por ali, entre suas principais praças, facilita bastante na organização do roteiro. Estacionamos o carro bem próximo da hospedagem, em um parque público, e não tivemos qualquer dificuldade de locomoção.
Na recepção, após fazer o check-in, fomos acompanhados por um dos recepcionistas, que foi extremamente gentil e nos mostrou onde era o nosso quarto, no piso superior.
Como esse é um hotel com apenas 22 quartos, logo sentimos as mais valias dessa aproximação e o cuidado personalizado com quem está hospedado aqui.
Um ponto interessante é que, quando fizemos algumas buscas na Internet sobre o hotel Mestre Afonso Domingues, encontrávamos frequentemente o termo “estalagem” vinculado a ele.
Não conseguíamos perceber essa ligação. Assim, depois de nos instalar no quarto, descemos para conversar com a Sra. Goretti Coelho, diretora do hotel, e conhecer sua a história.
Um parênteses que vale a pena abrir aqui é que a Sra. Goretti passa o seu horário de trabalho junto aos hóspedes, em uma mesa aberta, colocada entre o bar e o hall do hotel, não fechada em um escritório. Sentimos um ambiente mais descontraído e próximo dos viajantes. Gostei muito disso!
Ela nos explicou que esse espaço é bastante estimado pelos batalhenses e tem história na cidade, pois começou mesmo como uma estalagem no início dos anos 1970. A nomenclatura de hotel existe somente há 5 anos.
Portanto, mesmo com sua proposta atualizada e remodelada, o nome permanece de forma popular, como um carinho dos moradores.
Considerado um edifício de interesse público na Batalha, já fez parte também da rede Pousadas de Portugal (anterior a gestão do grupo Pestana). A proposta apresentada hoje é datada de 2007, quando foi adquirida por um empresário local, que remodelou todos os ambientes, dos quartos, ao bar e restaurante, para que se adequasse aos padrões exigidos a categoria, se transformando em um hotel 4 estrelas.
Ela ainda nos disse que a proximidade da população pelo espaço é tão grande que, por vezes, o hotel recebe casais que passaram ali a sua lua de mel nos primeiros anos de atividade da estalagem. Uma grande privilégio, sem dúvidas.
E com relação ao nome do hotel, ele faz referência ao primeiro arquiteto do Mosteiro da Batalha, o Mestre Afonso Domingues, além da praça ao qual está inserido.
Como chegar
Como nós já estávamos na Serra de Aire e Candeeiros, chegar a Batalha foi muito rápido.
Foram cerca de 20km, rodados em menos de meia hora e com bastante tranquilidade (para ver a paisagem, que vale MUITO a pena!).
Porém, quem segue para a Batalha de carro a partir de Lisboa pode subir pela A1, com uma parada no Santuário de Fátima, por exemplo. É uma ótima dobradinha e o percurso fecha em cerca de 150km.
Aos que seguem de transporte público da capital, a opção é com os ônibus da Rede Expressos. O percurso tem uma duração média de 2 horas e você desce perto do hotel.
De Coimbra é ainda mais rápido e também uma opção.
Junto a entrada do hotel há vagas para carros em um estacionamento gratuito, exclusivo para hóspedes. Entretanto, se você for em alta temporada e não houver disponibilidade, há muitos parques de estacionamento públicos com fartura de vagas nos arredores do Mosteiro e ligação fácil ao hotel, seja em opções pagas ou gratuitas.
Acomodações
Como já destaquei por aqui, são 22 quartos no total, desses, dois são suítes (excelentes para acomodar casais com crianças), um quarto adaptado para pessoas com mobilidade reduzida e cinco deles voltados para a frente que, além da vista lindíssima para o Mosteiro, ainda contam com cama king size.
Os demais são duplos ou twin e têm também a qualidade e o conforto de sua remodelação.
Nós ficamos no primeiro piso (o acesso pode ser feito por escadas ou elevador).
A decoração nos despertava bastante aconchego, por suas cores terrosas e alguns mimos no balcão, como frutas frescas e uma jarra elétrica para fazer chá e café.
A noite, nos encantamos com a vista para o Mosteiro da janela do nosso quarto.
O monumento ganha uma iluminação muito bonita com o cair do dia – uma das mais valias de escolher pernoitar na Batalha.
Nas paredes do quarto e também dos corredores do hotel vimos um ensaio com fotografias em preto e branco muito interessante do fotógrafo Luís Azevedo, intitulado “A Batalha”.
Eram geralmente mulheres ou artigos medievais, além de referências a Portugal, alusivos a Batalha de Aljubarrota.
Uma coleção de muito bom gosto feita com exclusividade para o local.
Café da manhã
Antes de seguirmos caminho para Fátima, o nosso próximo destino, fizemos uma pausa para o (merecido) café da manhã.
Ele é servido no restaurante do hotel e as mesas podem acomodar facilmente desde viajantes sozinhos até famílias numerosas, como vimos por lá.
O café é do tipo colonial e conta com algumas referências portuguesas das quais gostamos demais: mini pastéis de nata e pão de ló.
Queijos regionais, outros frios, frutas cortadas, ovos mexidos e diversos pães também são servidos no buffet.
Serviços e facilidades
Passamos um dia intenso na Batalha e retornamos para o hotel bem tarde. Ainda assim, a Pri queria descer para conhecer o bar e pedir um lanche, visto que o jantar já havia sido encerrado. A equipe nos atendeu com muita cordialidade.
O lanche estava bem feito e os preços praticados, tanto na tosta como nas bebidas, nos impressionaram pela positiva.
A Sra. Goretti nos explicou que o restaurante do Mestre Afonso Domingues leva o mesmo cuidado do hotel e ele está aberto tanto para os hóspedes como para os visitantes todos os dias, para almoços e jantares (na época baixa, somente o jantar aos domingos não é servido).
Eles investem diariamente em um menu especializado para que as pessoas deixem de lado o estereótipo de que os restaurantes de hotel cobram um alto valor por uma comida ruim.
Na carta há 6 pratos de bacalhau diferentes com ótima qualidade e preço justo.
Como o hotel fica a 17km de Fátima, essa também é uma boa escolha para viajantes que desejam ir ao Santuário em datas importantes, como a 12 e 13 de maio, por exemplo, quando a rede hoteleira mais próxima fica lotada.
Vale dizer que o Mestre Afonso Domingues está preparado para receber hóspedes com mobilidade reduzida. Há rampas de acesso exteriores para o hotel e restaurante, elevador e um quarto devidamente adaptado.
Hotel Lis Batalha – antigo Hotel Mestre Afonso Domingues
Endereço: Largo Mestre Afonso Domingues, 6 – Batalha
Contatos: (+351) 244 765 260
Viaje a Portugal com tudo organizado
4 Comentários
Olá! MEU paizinho era português e me deu a dupla cidadania. Ainda não consegui ir à nossa terrinha mas pretendo no proximo ano. Você me ajuda? Qual roteiro poderia fazer para conhecer à Europa a PARTIR De Portugal?
Olá, Maria Tereza
Como vai?
Aqui no Cultuga somos especializados em Portugal. Para conhecer outros países da Europa, indicamos diversos amigos nossos que também publicam um excelente conteúdo na Internet das cidades e países em que vivem. Veja a relação deles ao final desse artigo: https://www.cultuga.com.br/2015/11/cultuga-no-ii-encontro-europeu-de-blogueiros-brasileiros-iieebb-porto/
Um abraço e boas pesquisas
Olá Rafael e Priscila, olha eu aqui novamente!
Gostaria que me ajudassem num impasse: sairemos de Porto dia 04/11 ,de carro, em direção a região Central. Nesta quero conhecer Fátima, Alcobaça, Batalha e Óbidos. Vamos fazer um pernoite em uma dessas cidades.As dúvidas:
1- qual a melhor cidade para fazer de base, tendo em vista que iremos conhecer essas outras?
2- Da região Central vamos para Évora no dia 05/11, sendo assim, qual seria a melhor sequência de cidades(dessas acima) para irmos, levando em consideração a saída para Évora? Ir em quais no dia 4 e 5?
3- Me preocupo muito com as bagagens, pois tenho lido com frequência os roubos a carros de turistas, então quero deixar nossas malas no hotel enquanto fazemos os passeios.
Mais uma vez muitíssimo obrigada! Vcs estão sendo fundamentais no nosso roteiro em Portugal! Gratidão!!!
Olá, Cristina
Bem-vinda novamente! ????
1- A vila da Batalha tem boas hospedagens, como o Mestre Afonso Domingues, e fácil estacionamento. É tranquilo para ir e voltar para qualquer outra desses lugares em pouco espaço de tempo. Alcobaça também é uma boa opção (fica entre Óbidos e Batalha).
2- Pela localização de Évora e das auto-estradas até lá, siga sentido Fátima (parando para visitar o Santuário). Depois, até Évora são cerca de 2 horas de viagem. Deixe para um dia antes Óbidos e Alcobaça, que são a oeste da Serra de Aire e Candeeiros.
3- Muito chato ter que se preocupar com esses furtos de bagagem ???? Mas se vocês têm a oportunidade de deixar as coisas nos hotéis, ótimo.
Aproveitem muito a viagem por este pais incrível! ????????